Principais causas da contaminação são as mudas sem procedência
A doença teve origem na Ásia e já está presente em Tangará da Serra. O primeiro caso evidenciado na região aconteceu em uma propriedade localizada na Gleba Bandeirantes.
O Cancro da Pitaya, como é mais conhecido, se dá através de um fungo causado pelo Neoscytadium dimidiatum que é encontrado principalmente em caules. Os sintomas no caule incluem manchas pequenas, circulares, afundadas e alaranjadas, além do desenvolvimento lento do fruto no estágio inicial e podridão parda dentro do fruto.
Uma das principais suspeitas da doença ter chegado ao Brasil e em Tangará, segundo Supervisor do Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) em Tangará da Serra, Wellington Procópio, são as mudas sem procedência.
“O grande problema da Pitaya hoje são essas mudas compradas via internet, que pega com vizinho que não tem realmente um controle fitossanitário”,
comenta.
Na primeira propriedade aonde a doença foi detectada, graças ao esclarecimento do produtor, a situação está sob controle e sendo acompanhada de perto.
“Atacou o pomar e ainda bem que é uma pessoa bastante esclarecida e já entrou com tratamento radical, eliminando as plantas doentes e fazendo o controle fitossanitário, com o uso de defensivos alternativos que não agridem o meio ambiente”,
revela Wellington, que orienta os produtores da região e de municípios vizinhos a tomarem cuidado com as mudas.
“A Pitaya é a fruta do momento, é uma fruta saborosa, de valor agregado, mas nós devemos ter cuidado com isso. É uma doença que chegou e ela espalha muito rápido porque é um fungo que pode pegar em outras plantas”,
alerta.
“Tomem cuidado com mudas compradas pela internet, principalmente, via Pará”,
reforça Procópio, ao demonstrar com as fotos da matéria uma propriedade que fica na região de Sorriso e que produziu de forma exponencial em 2023, mas teve o pomar infectado pelo fungo e terá que ser eliminado.
