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APÓS QUATRO ANOS – Acusada de mandar matar Edinho, Carla Toloi será julgada em maio

Rosi Oliveira / Redação DS 21/03/2024 Polícia

Carla está presa desde junho de 2021; crime aconteceu em 2020

O crime chocou Tangará da Serra

Acusada de mandar matar Edinho, Carla Toloi será julgada em maio

Após quase quatro anos, um crime que chocou Tangará da Serra está prestes a fechar mais um capítulo, com o julgamento da suspeita de ser mandante do crime que aconteceu em 6 de novembro de 2020, quando Edson Vicente da Costa, de 52 anos, servidor público que trabalhava na Prefeitura Municipal de Tangará da Serra, conhecido como Edinho, foi assassinado.

De acordo com o médico do Samu, ele foi atingido na região da cabeça, no abdômen e ainda sofreu dois tiros no braço. A princípio, os policiais trataram o crime como latrocínio, roubo seguido de morte, uma vez que uma motocicleta modelo Bros foi subtraída da residência da vítima. Mas, conforme as investigações foram avançando, apontaram que a esposa de Edinho, Carla Fernanda Toloi Ferreira da Costa e o amante Anderson Fabiano, eram suspeitos da responsabilidade do crime.

Os dois estão presos desde junho de 2021 e, ambos, uma vez que não houve o desmembramento do processo, serão julgados na mesma data pelo Tribunal do Júri, no dia 28 de maio de 2024, às 09h, em Várzea Grande. A determinação é do Juiz de Direito Jorge Alexandre Martins Ferreira.

As investigações apontaram que o casal Edinho e Carla passavam por problemas financeiros, e esse era um dos motivos que abalou o convívio matrimonial, uma vez que não queriam dividir os bens. Sendo assim, Carla que mantinha um caso extraconjugal, tramou a morte do esposo que retornava para casa após participar de uma sabatina com os então candidatos a prefeito na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. Por volta das 22h, o servidor foi surpreendido por um criminoso armado quando entrava em sua residência no Jardim Itália.

Desaforamento de processo visa evitar comoção em júri do caso Edinho

Desde que foi presa, Carla Fernanda Toloi Ferreira da Costa tentou habeas corpus, sob a defesa de que é ré primária, possui família no distrito da culpa e tem ocupação lícita, mas as informações não foram acatadas pelo Judiciário que negou soltá-la por entender que a suposta existência de condições pessoais favoráveis - tais como primariedade, bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa - não têm o poder de, por si só, reverter a prisão.

Além disso, o juiz da primeira instância ressaltou a “periculosidade” da suspeita que agiu, conforme a decisão, com “premeditação” e “frieza”. Por esse motivo, ela e o segundo suspeito no caso, Anderson Fabiano,  respondem o processo presos e em caso de eventual condenação, permanecerão presos e poderão desta forma, recorrer da sentença. Nos termos do processo, a defesa pedirá pela condenação já anexada aos autos, baseando-se na máxima de que foi um crime bárbaro, que impossibilitou a defesa da vítima, de emboscada e premeditadamente. Essas serão as qualificadoras que poderão ou não serem acatadas pelo júri, podendo elevar a pena dos réus.

Embora estejam presos há quase três anos, já obtiveram uma vitória com o desaforamento do processo, que acabou por não acontecer em Tangará da Serra, mas em Várzea Grande, levando em consideração a comoção e revolta do crime, que poderia influenciar o júri, por causa das diversas manifestações dadas à época.

Há que se salientar que os anos de prisão já cumpridos pelos réus serão descontados na pena final, caso aconteça, levando em consideração as qualificadoras para a dosimetria da pena. Carla está presa na Cadeia Pública de Nortelândia. Já Anderson Fabiano está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Tangará da Serra.



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