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Caminhoneiros fecham parcialmente MT 358 em Tangará da Serra

Redação DS 21/05/2018 Geral

Está impedida a passagem de veículos de carga e permitido o trânsito de carros de passeio

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Em protesto contra o aumento no preço do diesel, pela indefinição de uma tabela de frete e o contra o preço do pedágio, um grupo de caminhoneiros fechou na manhã desta segunda-feira, 21, a rodovia MT 358 – no Trevo da Melancia, em Tangará da Serra. A estrada foi parcialmente bloqueada com pneus e caminhões, impedindo a passagem de veículos de carga e permitido somente o trânsito de carros de passeio.
De acordo com o presidente da Associação dos Proprietários de Caminhões de Transporte de Tangará da Serra (APCTTS), Edgar Laurini, a manifestação é nacional e atinge mais de 15 Estados brasileiros, exatamente no dia em que foi anunciada mais uma alta do valor nas refinarias, de 0,97%. Na semana passada foram cinco reajustes diários seguidos. “Esses caminhoneiros estão parados e recebem nosso apoio, pois estão reivindicando melhorias para o transporte: tabela mínima de frete, pedágio e valor do óleo diesel que está muito alto, não dando condições de trabalho”, afirma o presidente.
Segundo Laurini, hoje os profissionais estão praticamente pagando para trabalhar. “No começo do ano tínhamos um frete razoável, com preço do diesel alto. Hoje o frete baixou e o combustível aumentou. Então não temos mais condições de rodar. Está inviável o transporte”.
A manifestação seguirá por tempo indeterminado em todos os Estados, inclusive em Tangará da Serra. “Aproveitando queria reforçar que carro pequeno, ambulância, ônibus e outros veículos menores estão passando. O bloqueio é apenas para veículos de carga”.

Pauta antiga – A pauta dos caminhoneiros é antiga e já foi, inclusive, motivo de outras manifestações e bloqueios em Tangará da Serra em anos anteriores.
Dos pedidos, segundo Edgar Laurini, muito pouco se avançou, citando o Projeto de Lei nº 528/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. O projeto, de autoria do deputado Assis do Couto (PDT-PR), já passou pela Câmara de Deputados e hoje está no Senado Federal. “Ela não avançou, está parada. Então precisamos desta tabela mínima de frete para podermos rodar”.
O texto, em análise do Senado, determina que nos meses de janeiro e julho o Ministério dos Transportes defina, com base em proposta da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), valores mínimos por quilômetro rodado para o frete cobrado no transporte rodoviário de cargas
O projeto já prevê valores mínimos até que o Executivo regulamente a norma: R$ 0,90 por quilômetro rodado para cada eixo carregado, no caso de cargas refrigeradas ou perigosas; e de R$ 0,70, nos demais tipos de cargas. Para fretes considerados curtos (em distâncias inferiores a 800 quilômetros), esses valores são acrescidos em 15%.

Fabíola Tormes / Redação DS

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