Decisão foi proferida pela juíza Gleide Bispo Santos
Desejo de muitos tangaraenses, a construção do Centro Socioeducativo em Tangará da Serra talvez esteja mais próxima do que se imagina. Na última semana, a juíza Gleide Bispo Santos, da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude, determinou o bloqueio de R$ 31,5 milhões da conta única do Estado, e segundo especifica a decisão da magistrada, metade desse valor será para a construção do Centro Socioeducativo no Município.
Com a decisão, essa possibilidade torna-se mais próxima, uma vez que o projeto já está pronto e inclusive, já foi apresentado ao prefeito Fábio Martins Junqueira em agosto passado, pelo então secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Benedito Siqueira Júnior.
A área também já foi destinada e adquirida pelo Município de Tangará e está localizada na saída para Campo Novo do Parecis, sendo quase 4 mil hectares, 39.850 metros quadrados com essa destinação.
O projeto original prevê 45 vagas, que há época da apresentação, estaria orçado em torno de R$ 8 milhões, isso se fossem realizadas algumas adequações para diminuir o valor, que seria muito maior.
“Assim que efetivado o bloqueio via Bacenjud, deverá cada valor ser imediatamente transferido à Conta Única do TJ-MT (Banco do Brasil S/A), de forma que cada valor fique separadamente vinculado ao presente processo que originou o comando de bloqueio”, determinou a magistrada em decisão.
O anseio pela efetivação da construção se faz pela dificuldade em encontrar vagas no Estado para que adolescentes possam ser recolhidos em caso de crimes hediondos, como um registrado em Tangará da Serra, no dia 17 de junho do ano passado, em que o professor Valdir Andrade, foi assassinado por dois homens, sendo um deles menor de idade, há época com 16 anos.
O caso causou comoção na cidade, bem como imensa revolta pelo fato de que o menor envolvido no crime foi colocado em liberdade horas depois por não ter local adequado pra ficar apreendido. A vaga foi encontrada depois e o menor encaminhado ao Centro Socioeducativo.
Rosi Oliveira / Redação DS