Obra está abandonada desde setembro de 2014 (Foto: Ascom/MPF)
O governo de Mato Grosso pediu mais prazo ao Ministério Público Federal (MPF-MT) para se posicionar sobre o futuro das obras do novo Hospital Júlio Müller, abandonadas há três anos. Recentemente, o MPF apontou irregularidades no convênio firmado entre a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o governo para a retomada da construção do hospital.
Em entrevista à Centro América FM nesta terça-feira (13), o governoador Pedro Taques (PSDB), afirmou que não deve investir dinheiro no projeto.
"Essa obra foi uma construção do governo passado. Com todo respeito, a União é que tem que ajudar Mato Grosso e não o contrário. Não é nossa atribuição", declarou Taques.
Apesar de negar o investimento, o governador afirmo que deve se reunir com representantes do MPF numa reunião.
"Vou conversar, mas o estado tem outras necessidades do que ajudar a União. Não vou colocar dinheiro em projeto que eu não confio. O projeto foi mal feito e ninguém viu", afirmou.
Para a continuidade da construção, a projeto e a obra devem ser readequados. Ao governo, caberia a adaptação do projeto. Segundo Taques, apenas 9% da obra foi concluída até agora.
"A obra está num banhado. Tem água a 1,5 metro de altura. Isso se chama irresponsabilidade construtiva", disse.
O MPF informou que vai investiga a execução da obra. Uma fiscalização realizada pela CGU constatou que a construção está parada sem manutenção e conservação.
A parte dos recursos que cabia à UFMT dentro do convênio era de R$ 72,1 milhões e foi totalmente disponibilizada para a obra, segundo o MPF. No entanto, a contrapartida do estado não foi disponibilizada o que tem impedido a retomada da obra.
A previsão do custo total do projeto era de R$ 120 milhões, sendo 50% para a UFMT e 50% para o estado.
G1 / MT