Bombeiros testemunharam contra tenente
Na tarde desta sexta-feira, 28, durante cerca de 3h, seis soldados do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso revelaram ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao magistrado Marcos Faleiros da Silva, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, o que de fato aconteceu na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, no início da noite de 10 de novembro de 2016.
Os relatos, entretanto, foram além. Evidenciaram um ambiente contaminado por violência, humilhação, desrespeito e homofobia. Elementos supostamente encarnados na figura da tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada de torturar até a morte o estudante/soldado Rodrigo Claro, de 21 anos.
“Pelo amor de Deus, eu não quero morrer”, gritava o jovem que se afogava, enquanto colegas o puxavam para cima, a fim de garantir fôlego e a instrutora o empurrava para baixo.
O relato detalhado feito pelos seis é uníssono e apontam para um mal estar na relação entre a tenente e o estudante. Segundo narram, Ledur não tratava Rodrigo Claro como tratava os demais.
“Ela ficou zangada (com o atestado apresentado). (Isso) irritou a tenente. Ela moveu um Termo Acusatório contra ele”, narra o soldado Arruda, ex-colega de Rodrigo.
Olhar Direto