No total, 89 estão em tratamento em Tangará da Serra
Tangará registra 32 novos casos de Hanseníase
Tangará da Serra registrou um aumento significativo de diagnósticos de Hanseníase nesse ano, doença infecciosa crônica e curável que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos. No primeiro semestre desse ano, 32 novos casos foram detectados no Município, o que causa uma preocupação na saúde pública.
De acordo com a enfermeira coordenadora do Centro de Saúde, Cristina Pereira, os 32 novos casos fazem parte de 89 pacientes que já estavam em tratamento. “Em termos de comparação, no ano passado tivemos 84 casos registrados”, informou a responsável à reportagem do Diário da Serra, ao destacar a importância do paciente procurar o setor de Hanseníase instalado no Centro de Saúde, sendo que a detecção precoce é fundamental para a cura.
“A gente faz o exame adequado e em casos que precisam de biópsia, a gente também faz o procedimento”, enfatizou.
A coordenadora do Centro de Saúde ainda informou que a infecção por Hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. “A hanseníase é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento”, alertou a enfermeira.
Conforme o Ministério da Saúde, a Hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de dois a sete anos. Há referências com períodos mais curtos, de sete meses, como também mais longos, de 10 anos.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno da Hanseníase são as principais formas de prevenir as deficiências e incapacidades físicas causadas pela hanseníase.
Setor de Hanseníase de Tangará da Serra é referência regional
Instalado no município para atender as demandas tanto de Hanseníase como também de Tuberculose, o setor localizado no Posto Central é referência em toda a região. Conforme a coordenadora do Centro de Saúde, enfermeira Cristina Pereira, Tangará da Serra pode atender pacientes de todos os municípios da região, exceto de Sapezal.
“A gente está aqui para avaliar casos que precisam de especialistas ou fazer algum confronto com diagnóstico que tenha dúvida. Os Municípios também podem nos encaminhar quando apresentar dificuldade no tratamento, se não está fazendo efeito ou se não está fazendo o efeito desejado”, informou a responsável, aproveitando para reforçar a necessidade de diagnóstico precoce. “Qualquer sintoma característico, podem nos procurar aqui para fazermos os procedimentos necessários”, finalizou.