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Diagnósticos de tuberculose em Tangará da Serra são preocupantes

Rodrigo Soares / Redação DS 23/06/2019 Saúde

Somente neste ano, dez pacientes estão em tratamento

Técnica de enfermagem e Enfermeira do setor de tuberculose

Apesar de ser uma doença considerada milenar, a tuberculose ainda é motivo de preocupação na saúde pública por se confundir com outras doenças mais comuns, como gripes e resfriados, o que pode tornar letal o diagnóstico tardio da patologia. Em Tangará da Serra o número é preocupante, sendo que somente neste ano dez pessoas estão em tratamento.


De acordo com enfermeira do setor de Tuberculose e Hanseníase do Município, Cristina Pereira, a estatística é considerada alta e serve como um alerta para população. “Considerando que cada caso pode contaminar de 10 a 15 pessoas por ano, a gente considera que é sim um índice alto”, afirmou a responsável, ao destacar que uma das barreiras em torno do assunto é o preconceito instalado na sociedade. “Pode ser que algumas pessoas não procurem o nosso setor para avaliação, mesmo com os sintomas, por medo das pessoas já acharem que ela está com tuberculose. A pulmonar, de 15 a 30 dias passados após o paciente iniciar o tratamento, a doença não é mais transmitida. Tem pacientes que não contam nem para a própria família e isso é ruim, porque a gente já poderia ir e fazer o bloqueio junto com os familiares e pessoas próximas”, alertou.


Segundo a técnica de enfermagem do setor de Tuberculose, Edna Maria, é importante que a população fique atenta a qualquer um dos sintomas para que possa promover o diagnóstico precoce através do exame de baciloscopia de escarro ou raio-x. “A tuberculose se pega por meio das secreções respiratórias. Doentes não tratados costumam eliminar grande quantidade de bactérias ao tossir, falar ou respirar. Os sintomas são tosse por mais de três semanas, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço e mal estar”, alertou a profissional.
 

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