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AUTISMO em evidência

Prof. Me. Sebastian Ramos 23/06/2019 Artigos

O Autismo é um transtorno, por isso chamado de Transtorno do Espectro Autista

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Existem milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. São pessoas que cidadãs como outras quaisquer, tem direitos e deveres para com a sociedade. O Autismo é um transtorno, por isso chamado de Transtorno do Espectro Autista. Via de regra é classificado por especialistas como leve, moderado ou severo, sendo a partir desta classificação que se pode compreender um pouco melhor o universo das pessoas autistas.  O Autismo como deficiência é um tema relativamente novo, despertando atenção de profissionais da medicina, da psicologia, da psiquiatria, da fonoaudiologia, de terapeutas comportamentais, da educação e de áreas afins. É uma discussão que aos poucos vem ocupando espaço nas literaturas da saúde e de outras, e atraindo olhares de pessoas interessadas em se apropriar do tema para poder dentro do possível fazer algo em prol do mesmo.  A educação é uma área que além da necessidade da atualização de conhecimentos em virtude dos desafios diários em sala de aula e fora dela tem se esforçado bastante para buscar atender as demandas advindas de famílias que tem alguma pessoa com autismo e desta maneira promover dentro de suas possibilidades o que chamamos de inclusão na educação. A inclusão das pessoas autistas se dá via ensino regular e educação especial (alguma instituição especializada que pode atender casos desta natureza). A APAE é uma das referências nesta demanda. A rede pública e privada tem diversas experiências nas questões do autismo. Segundo consta o tratamento para o autismo ainda é muito caro e nem todas as famílias podem arcar com os custos para oferecer o melhor tratamento, assim sendo não é difícil saber de alguma notícia onde pessoas com autismo estão à margem de um tratamento digno e minimamente adequado. A Lei Federal 12. 764 de 27 de dezembro de 2012, conhecida como “Lei Berenice Piana” em virtude da luta desta mulher pelas causas do Autismo, “Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. ” Só o fato de ter uma lei federal que aborda o tema já é uma vitória, porém o desafio como na maioria das leis brasileiras é sair do papel e se tornar prática permanente. Para que esta lei funcione de verdade é preciso que os governos municipais e estaduais e o governo federal coloquem em pauta a questão do Autismo e invistam recursos humanos e financeiros para que as pessoas autistas possam ter seus direitos garantidos e suas necessidades atendidas. Sair do discurso e ir para o recurso é uma demanda urgente nas políticas públicas de todas as deficiências, inclusive do autismo. A luta é grande e não pode parar. 


Prof. Me. Sebastian Ramos
professorsebastian@hotmail.com



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