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Três médicos legistas atendem em Tangará, mas número ainda é insuficiente

Lucélia Andrade/Redação DS 18/06/2019 Polícia

Atendimentos são feitos também em Campo Novo do Parecis

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A falta de médico legista em Tangará da Serra tem sido motivo de reclamação de pessoas que buscam o Instituto Médico Legal (IML) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), para procedimentos após morte de um familiar.

 

“Até quando as famílias de Tangará vão sofrer com a falta de médicos legistas? Se tem qual o motivo de ser levado à outra cidade para ser periciado? ”, questionou um cidadão em um grupo de WhatsApp.  

 

O assunto inclusive já foi divulgado por diversas vezes pelo Diário da Serra. Em uma das ocasiões os corpos de um casal vítimas de acidente de trânsito, foram liberados à família para o velório depois de 20 horas, em razão de que o serviço de necropsia precisou ser realizado em Campo Novo do Parecis.

 

Procuramos o coordenador da Politec em Tangará da Serra, Claudio Sobrinho, que informou que no momento três médicos legistas fazem os atendimentos no município. E na cidade mais próxima, no caso Campo Novo do Parecis, mais dois profissionais estão disponíveis.

 

“Obviamente que devido a situações de carga horária e devido a quantidade de médico, não tem como ter todos os dias, até porque extrapolaria a carga horária deles”, explica.

 

Sendo assim, ressalta o coordenador, nos dias em que não há médico atendendo em Tangará os corpos são levados para Campo Novo do Parecis para passarem por exame,  necropsia e na sequencia retorna para a cidade.

 

Não há falta de médico legista no momento, garante o coordenador, destacando que o que existe é um atraso devido a essa situação de deslocamento do corpo até Campo Novo. “(...) tempo de exame, necropsia, arrumação do cadáver e retorno (...) isso demora um tempo, porém é preferível fazer isso do que esperar o outro dia para o médico atender. Esse foi o jeito que encontramos para facilitar o atendimento”, declara o responsável pela Politec se referindo a decisão tomada por ele e pelo gerente do Instituto Médico Legal (IML), Marcos Nishimura.

 

A situação conforme o coordenador,  vem ocorrendo desde o ano retrasado, porém o trabalho é feito desta forma para minimizar o atendimento. “Não está existindo prejuízo para o tempo de atendimento”, garante.  

 

DEMANDA – A deficiência de médicos legistas atinge outros polos do estado. Mas mesmo com a quantidade reduzida de médicos nos IML’s não há previsão de contratação de legistas e nem concurso público para suprir essa necessidade. “ (...) a única certeza que nós temos é que o estado diz a todo momento que não está em condições de contratar ou fazer concurso por enquanto”, disse o coordenador da Politec.

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