Eles se reuniram na ‘Praça da Resistência’, antiga Prefeitura Municipal
Estudantes e trabalhadores da educação estadual participaram de aula pública nesta quinta-feira 30, na Praça da Resistência, antiga prefeitura, no centro de Tangará da Serra.
O protesto, que ocorreu pela manhã, foi contra os cortes no setor promovidos pelos governos federal e estadual e integrou a movimentação nacional #30M, realizada em dezenas de cidades do país.
O maior enfoque ficou por conta dos prejuízos que o governo Mauro Mendes (MT) tem causado à educação básica e superior.
Houve participação de professores e técnicos de escolas estaduais de Tangará, que estão em greve desde segunda-feira, 27, em todo Mato Grosso, em defesa do cumprimento da lei que dobra o poder de compra da categoria (510/2013), da correção inflacionária (RGA), reforma de unidades escolares, entre outras.
“A postura dos governos federal e estadual de mexer no orçamento da educação prejudica a qualidade do ensino nas escolas, na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e nas federais. No caso da Unemat, por causa do decreto de calamidade financeira do governador, a instituição recebeu só R$ 2,7 milhões dos R$ 4,4 milhões que deveria receber”, disse Maycon David Caetano, presidente da Associação Tangaraense dos Estudantes.
Quanto à Unemat, o prejuízo também atinge o pagamento de bolsas.
Em nível federal, o corte é de 30% das verbas discricionárias, o que afeta inclusive a manutenção física das unidades educacionais. Em nível estadual, Caetano se refere ao decreto elaborado pelo governo Mauro Mendes e aprovado pela Assembleia Legislativa em janeiro, que restringiu uma série de direitos dos servidores públicos.
A estudante do curso de Jornalismo da Unemat, Pâmela Cristina Pereira da Silva, participou da aula pública e também manifestou sua opinião.
Ela estava acompanhada da filha Clarice, que ficou no colo enquanto a mãe falava ao microfone. “É difícil ser mãe e estudante. Várias pessoas não entendem. Por isso é importante lutar pela educação, defender a educação”, disse, sendo aplaudida.
Professores da Unemat também acompanharam a aula pública. Houve ainda apresentações culturais, com letra de rap, poesia e exposição de faixas e cartazes. O próximo passo na luta em defesa da educação é o dia 14 de junho, no contexto de uma movimentação nacional, que também vai se posicionar contra a proposta do governo de Reforma da Previdência.