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Alunos do IFMT de Tangará protestam contra corte R$ 31,8 milhões do governo federal

Lucélia Andrade - Redação DS 07/05/2019 Educação

“Tira a mão do meu IF”

Educação

O corte de R$ 31,8 milhões do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) anunciado recentemente pelo governo federal tem gerado manifestações em várias cidades do país, inclusive Tangará da Serra.

 

O corte foi anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) e decretado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).  No decreto do dia 29 de março, o governo detalhou o bloqueio de mais de R$ 29 bilhões em gastos no Orçamento de 2019. A área mais atingida foi a educação (R$ 5,83 bilhões), seguida da Defesa (R$ 5,1 bilhões).

 

No último sábado, 4, alunos do IFMT, campus de Tangará da Serra,  gravaram um vídeo manifestando contra a decisão do governo. Eles se reuniram no campus e com a faixa da instituição fizeram um grito de protesto: “Tira a mão do meu IF”.

 

Para o diretor do IFMT, Gilcelio Peres, a informação do bloqueio do recurso foi recebida como um golpe para a instituição. “Nós não contávamos com esse bloqueio. E quero lembrar, que em outros governos também houveram bloqueios,  contingenciamentos. Desde 2015, isso já vem ocorrendo, mas nunca em ordem tão grande, nunca algo que impactasse tanto”, afirma o diretor.

 

Ele destaca que por enquanto a decisão do governo é pelo bloqueio, e ainda não está definido se até o final do ano esse dinheiro  poderá voltar para a instituição, ou não.  Só que hoje, conforme Gilcelio, a realidade é que o recurso já está bloqueado. “O governo fala que pode desbloquear depois que votar a reforma da Previdência, porque aí vai ter condições de arrecadar, mas enfim...”, destaca o diretor, lembrando que desde o último dia 30 o recurso já está bloqueado.

 

A maior preocupação, de acordo com ele é que se mantido o bloqueio, a instituição não terá condições de chegar até dezembro com as contas pagas. “Água, luz, telefone, contrato de limpeza, segurança, entre outras questões que são fundamentais para o campus funcionar”, declara.  

 

O diretor faz questão de ressaltar à comunidade que a situação é muito grave. “Se o bloqueio permanecer, as instituições públicas federais, universidades e institutos federais não terão como fechar o ano. A gente torce para que mude esse quadro e o governo desbloqueie esse valor ou diminua o repasse, para que seja possível continuarmos trabalhando”, finaliza.

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