Levar a temática indígena para além das fronteiras nacionais é um ato de resistência
A professora, doutora e idealizadora do coletivo literário Curupira Cartonera, Flavia Krauss, apresentou, na semana passada, durante o “II Congresso Nacional Cátedra Unesco para la Lectura y la Escritura”, o projeto “PIBID e Curupira Cartonera: a experiência de uma editora na formação de professores no curso de Letras de Tangará da Serra”.
Na oportunidade, ela falou sobre o relato da experiência vivida no 2° Congresso de Línguas Indígenas, que foi realizado em 2018, em Barra do Bugres. “Eles já vieram com um desejo muito decidido sobre o que eles queriam da oficina e com um posicionamento político bem firmado”, relata.
De acordo com a professora, levar a temática indígena para além das fronteiras nacionais é um ato de resistência. “Tem uma questão identitária muito forte trabalhar com cultura mato-grossense, o mestrado indígena na Unemat é pioneiro no país. É uma forma de dar visibilidade para as minorias que estão sendo massacradas. Os indígenas estão todos os dias perdendo direitos. Serve para dizer que têm muitos povos aqui e o trator do agronegócio que está passando nesse solo não está passando em cima de nada, está passando em cima de um monte de vidas”, finaliza Flavia.