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“Não há contaminação de agrotóxico na nossa captação de água”, garante químico do Samae

Lucélia Andrade - Redação DS 16/04/2019 Saúde

Uma pesquisa aponta que água que abastece a cidade está contaminada com 27 tipos de agrotóxicos

Saúde

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Tangará da Serra contestou as informações referentes a pesquisa reproduzida no site do  DS nesta terça-feira, 16, apontando que a água que abastece a cidade estaria contaminada por 27 tipos de agrotóxicos.

 

A pesquisa é resultado de uma ação conjunta da Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye.  Os dados são do Ministério da Saúde. Cuiabá e outras 29 cidades de Mato Grosso tiveram detectados todos os 27 pesticidas que são obrigados por lei a serem testados.

De acordo com químico do Samae, Rafael Grigulo, conforme observado na pesquisa as informações foram obtidas através do portal  da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua),  que é alimentado pela Vigilância Sanitária.

 

As análises dos agrotóxicos, segundo ele, são feitas semestralmente, ou seja, pelo menos uma dessas precisa ser realizada por ano. “A gente faz análises da água daqui com laboratórios terceirizados”, disse o químico ressaltando que até porque essa análise não pode ser feita no município, levando em consideração que não há equipamentos disponíveis para isso. “Então a gente contrata laboratórios que são credenciados a fazer essa análise, que tem Know-How para isso”, afirma.

 

Inclusive, o químico da autarquia acrescentou ainda que as análises são feitas pela Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, pela Agro Análise em Cuiabá e que são extremamente confiáveis.  “Posso reiterar como responsável técnico e químico que estou aqui desde 2015 e que em nenhum desses anos teve problema com contaminação de agrotóxico na nossa captação de água”, garante.

 

Ainda de acordo com ele, todos os parâmetros estão dentro do limite estabelecido pela Vigilância Sanitária pela lei regida. “Em termos de qualidade garanto que não tem nada fora, até porque nosso manancial é pequeno e não tem plantações diretamente nas margens do Rio Queima Pé. Então ficaria bem difícil acontecer esse tipo de contaminação como está dizendo no estudo”, frisa o químico do Samae.

 

ANÁLISES - Sobre os anos apontados na pesquisa que indicam o período das informações obtidas – 2014 a 2017- o responsável técnico afirma que o Samae tem essas análises inclusive originais, e nenhum dos parâmetros de agrotóxicos apresentados, foram encontrados na água encaminhada aos laboratórios.

“Não sei como essas informações foram parar no Sisagua como positivas para agrotóxicos, mas é uma coisa que tem que ser investigada. Tenho todas as análises no meu banco de dados que mostram que não existe análises positivas de agrotóxicos para nossa água”, disse.

 

A coleta da água é feita do manancial, da Estação de Tratamento e da rede (que corre na rua). Depois de realizar a análise, é emitido um relatório e entregue à Vigilância Sanitária para que seja lançado esses resultados no portal do Sisagua.

 

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