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Criminosos voltam a aplicar golpe do boleto falso em empresas de Tangará e região

Sérgio Roberto/Assessoria 05/03/2019 Polícia
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Mais uma vez, criminosos estão aplicando o golpe do boleto em várias empresas de Tangará da Serra e deixam em alerta toda a comunidade empresarial local. A Polícia Judiciária Civil investiga o caso.

 

O golpe já é conhecido em todo o país desde o ano passado e consiste na troca de um boleto original por um falso, emitido pelos estelionatários e encaminhado ao endereço eletrônico da empresa-vítima, que não desconfia da fraude por constar no boleto como cedente o nome do fornecedor com o qual mantém relações comerciais.

 

Os bandidos utilizam o e-mail contato@srv315.info e a mensagem é assinada pelo departamento financeiro do suposto fornecedor.

 

No e-mail fraudulento, os golpistas informam que houve problemas operacionais no sistema de faturamento de notas fiscais da empresa (usando o nome do fornecedor), o que exige a substituição por outro boleto.

 

Assim, o falso solicitante pede que a vítima não pague o boleto verdadeiro, indicando procedimento de baixa, e que encaminhará um novo boleto com vencimento para o próximo dia útil.

 

O boleto emitido segue os padrões normais, com informações do cedente. Os fraudadores utilizam o XML da nota fiscal eletrônica, copiando exatamente as letras e números do campo da duplicata. Assim, a vítima é induzida a efetuar o pagamento, que não cai na conta do fornecedor, e sim na do estelionatário.

 

Para evitar o golpe, é importante que todo boleto recebido por e-mail seja checado junto ao fornecedor, uma vez que a indicação de desconto, o formato técnico da mensagem e o nome de uma empresa parceira também induzem a vítima ao erro.

 

Prática

O golpe do boleto é aplicado em todo o país deixa desde o ano passado e já rendeu valores expressivos aos criminosos, mas também levou à prisão de uma quadrilha com base em Brasília.

 

Segundo informações levantadas pela reportagem, esse é mais um dos golpes cibernéticos proporcionados pelo uso descuidado da internet. Para o boleto ser clonado ou espelhado por hackers, basta a ação de vírus que se instala a partir de e-mails suspeitos ou redes sociais não seguras.

 

Outra possibilidade é o hackeamento de bancos de dados da fazenda pública, nas esferas municipal, estadual e federal, com os criminosos valendo-se de argumentos relacionados a tributos ou inconsistências no sistema de faturamento e emissão de notas para convencimento das vítimas, como ocorre no golpe que está sendo aplicado em Tangará da Serra e região.

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