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Atrasos em repasses do Estado comprometem serviços do Samu em Tangará

Lucélia Andrade - Redação DS 12/02/2019 Polícia

Ambulância estão há dias apresentando problemas

Polícia

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Tangará da Serra há dias vem apresentando dificuldades no atendimento.

 

Isso porque a frota está reduzida devido a problemas mecânicos apresentado nas ambulâncias, resultado da ineficiência do governo do Estado quanto aos repasses que deveriam ser feitos, mas não estão. 
 

 

Na semana passada um episódio chamou atenção durante o atendimento de uma ocorrência feito pelo Samu.

 

O motorista, ao parar o veículo para prestar socorro à vítima, precisou 'calça-lo'  com uma pedra para evitar que ele descesse, em razão do freio de mão que não estava funcionando.

 

Outro fato foi de um acidente na Avenida Mauá, envolvendo três vítimas: duas delas, foram no interior da ambulância e outra precisou ir no banco da frente, tendo em vista que não havia mais ambulância disponível.

 

A reclamação é também em relação a demora da chegada do Samu em alguns atendimentos. 
 

A reportagem do DS procurou o coordenador do Samu, Paulo Righetto para falar sobre a situação.

 

Ele explicou que a questão é que hoje o Serviço conta com três veículos, um deles está em desuso e vai para leilão, a segunda ambulância com problema no freio de mão e a terceira, que está com a suspensão danificada. “Mas duas das ambulâncias estavam rodando normalmente”, disse. 
 

 

Segundo o coordenador, o método de licitação no serviço de manutenção da frota, mudou do ano passado para esse.

 

Ele explica que nesse ano de 2019, foi feita uma licitação que ocorreu inclusive nesta segunda-feira, 12, na modalidade Pregão 001/2019, oportunidade em que foi contratada uma empresa de gerenciamento de serviços.

 

Ou seja, a partir de agora,  essa empresa ficará responsável em gerenciar os preços com os fornecedores dos serviços, e isso irá aumentar a gama de oficinas que poderão atender em todo o país. “Concessionárias, autorizadas, todas elas poderão prestar serviços”, frisou.

 

Contudo, Righetto, afirma que houve demora para fazer o Termo Descritivo, que atendesse todas as Secretarias Municipais de Tangará da Serra. “Somos várias secretarias com frotas grandes, temos desde ambulâncias pequenas a máquinas pesadas que fazem asfalto”, destacou.

 

Por isso, o Termo Descritivo teria que ser feito de forma que abrangesse todas as Secretarias, o que justifica o tempo maior na entrega. “Nós estamos desde novembro do ano passado, sem nenhuma ata vigente e ontem realizamos o pregão com a presença de representantes de todas as secretarias”, disse o coordenador, reforçando ainda que acredita que o prazo se estenderá ainda por pelo menos 30 dias, para que o serviço possa ser utilizado. 
 

 

Porém,  ele acrescentou que com a ajuda do Secretário de Saúde, Itamar Bonfim e o Prefeito Fábio Junqueira, estão sendo agilizadas algumas situações pontuais, como a questão da ambulância que apresenta problema no freio de mão.

 

“Nesse exato momento está sendo feita a manutenção e acreditamos que até a hora do almoço, ela estará apta ao transporte”, frisa. 

 

No transcurso desses 30 dias,  conforme o coordenador, os veículos podem apresentar algum problema, que será resolvido na medida do possível para que a população não fique sem atendimento. 
 

AUMENTO NA DEMANDA – O coordenador do Samu lembrou ainda que os atendimentos estão com uma carga imensa, em razão de que o Corpo de Bombeiros está há mais de 60 dias sem nem uma Unidade de Resgate (UR), para atendimento de ocorrência, o que acaba sobrecarregando os serviços do Samu.

 

“Os bombeiros também estão com problemas sérios de manutenção. Nós temos um atraso significativo  nos repasses do Estado, que ultrapassa R$ 1 milhão. O Corpo de Bombeiros também não tem ata, por isso fornecedores  não estão recebendo e deixaram de prestar o serviço”, disse.


 

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