Diário da Serra
Diário da Serra

Servidores da Unemat iniciam greve em Tangará

Folha Max 22/01/2019 Geral

Eles são a primeira classe a parar no governo de Mauro Mendes

Geral

Os servidores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) decidiram cruzar os braços após deliberação realizada em assembleia geral na última segunda-feira (21). O início da paralisação, contudo, começará em 72 horas.

 

A informação foi repassada pelo próprio Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (Sintesmat) em nota pública.

 

De acordo com informações da representação sindical, os servidores decidiram pela greve após o atraso nos salários do funcionalismo informada por meio de nota publicada pelo governador Mauro Mendes (DEM) no dia 4 de janeiro deste ano.

 

Outro ponto citado para o movimento grevista é o não cumprimento do pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos trabalhadores do Poder Executivo Estadual. “Os profissionais técnicos da Educação Superior da Universidade do Estado de Mato Grosso se encontram com os salários do mês de dezembro atrasados (e escalonados) pelo Governo.

 

O atraso salarial que já havia acontecido no mês de dezembro de 2018, se repetiu neste mês de janeiro, porém em situação mais gravosa: o Governo parcelou os salários em três diferentes datas (10, 24 e 30/01), com parte do funcionalismo só recebendo os seus vencimentos no penúltimo dia do mês de janeiro”, diz trecho do comunicado do Sintesmat.

 

No texto, o sindicato também explica que a reitoria da Unemat já foi informada da decisão dos servidores. O Sintesmat revela que em torno de 75% dos representares sindicais optaram pela greve.

 

A maior parte dos trabalhadores de todas as unidades da Unemat no Estado – Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Diamantino, Juara, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra - concordaram com a medida. Os servidores da Unemat são a primeira classe a parar na gestão Mauro Mendes, que vem enfrentando uma forte oposição do funcionalismo não apenas em relação aos atrasos nos salários, mas também a proposta do Poder Executivo em extinguir a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a Agência de Fomento do Estado (MT Fomento), a Central de Abastecimento do Estado (Ceasa-MT), a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) e a Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI). 

 

O Governo ainda encaminhou um projeto para a Assembleia Legislativa que prevê regras para o pagamento da RGA, o que na visão do funcionalismo, representará no “congelamento” da recomposição inflacionária das categorias.

 

Nesta terça-feira, os servidores do executivo ocuparam a Assembleia Legislativa em protesto às medidas.

Diário da Serra

Notícias da editoria