"Governo está colocando população contra funcionalismo público"
Com faixas e cartazes, centenas de servidores públicos realizaram uma grande mobilização na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) na tarde desta terça-feira, 22, como forma de flexibilizar as medidas de austeridade encaminhadas pelo governador Mauro Mendes (DEM) que atingem diretamente as categorias do funcionalismo público. De Tangará da Serra, servidores da Polícia Judiciária Civil (PJC) e do Sindicato de Docentes da Unemat (Adunemat) estiveram acampados em frente à AL-MT, somando forças com outras categorias e acompanhando os debates em torno da votação do pacote de medidas elaboradas pelo Chefe do Executivo Estadual.
De acordo com o investigador Edivaldo Tocantins, a intenção foi fazer com que a votação dos projetos enviados por Mendes fosse retirada de pauta para posteriormente haver maior conversação com os novos deputados eleitos que assumem o legislativo mato-grossense a partir de fevereiro.
“Estamos desde o início buscando o diálogo, mas o governo prefere impor a força, isso tem causado desgaste”, comentou o investigador, destacando que apesar de greve ser o último recurso da categoria, o descontentamento da classe é eminente.
“Dos funcionários públicos dos três poderes- Legislativo, Judiciário e Executivo, apenas o Executivo está sendo penalizado. Legislativo e Judiciário receberam RGA integral, décimo terceiro e pagamento em dias, inclusive recebendo até o quinto dia útil do mês. O governo está colocando a população contra o funcionalismo público do Executivo, como se fossemos nós os culpados pela falência do Estado”, reclamou o representante.
Entre o pacote de projetos propostos por Mendes, está a criação de critérios para a Lei nº 8.278/2014, que estabelece a política de revisão geral anual (RGA) da remuneração e do subsídio para os servidores públicos.