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Crise financeira atinge serviços de segurança e socorro médico em MT

G1 MT 09/01/2019 Geral
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A crise financeira que Mato Grosso enfrenta tem ocasionado prejuízos na prestação de serviços, entre eles, segurança pública, segundo a União dos Conselhos de Segurança do Estado.

 

Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também alegam que o serviço tem sido prejudicado pela falta de ambulâncias, insumos e pagamentos.

 

De acordo com Alexandre Gando, médico do Samu, a situação do socorro médico na capital e em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, é alarmante.

 

O médico declarou ainda que faltam insumos para atender os pacientes.

"Falta infraestrutura, faltam insumos básicos. Muitas vezes não temos nem luvas ou tamanhos inadequados de luvas. Falta material para entubação e medicamentos que estão com prazo de validade vencido, não foram repostos, teoricamente por falta de repasse, ou por falta de compra", revelou.

 

Segundo ele, quem sofre é a população que fica refém de um atendimento deficiente.

 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que até o mês de agosto, do ano passado, foram liquidados todos os débitos com a empresa Universal Med, que prestava serviços ao Samu.

 

O órgão disse ainda que a frota do Samu foi 100% renovada em 2018. Em maio, foram incorporadas 8 novas ambulâncias. Para Cuiabá foram entregues seis ambulâncias e três para Várzea Grande.

 

Com relação às viaturas dos órgãos de segurança, mais de 25% dos veículos não estão funcionando por falta dos pagamentos às locadoras.

 

O presidente da União dos Conselhos de Segurança de Mato Grosso, Danilo Moraes, explicou que a falta de viaturas para a segurança pública se deve à falta de repasses do governo estadual, o que ocasiona demora no atendimento das ocorrências.

 

Segundo ele, mais de 250 viaturas estão paradas até que o governo do estado se posicione sobre o repasse do dinheiro.

 

A empresa que fornece os veículos se recusou a assinar uma prorrogação de emergência, porque também não recebeu o repasse do dinheiro.

 

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que o repasse não está sendo feito por falta de dinheiro no estado e a dívida do estado é de R$ 4 bilhões com os fornecedores.

 

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