Parte dos servidores ficaram sem receber na data limite constitucional, oficializando o atraso através do escalonamento
Faltando 20 dias para encerrar sua passagem pelo Paiaguás, o governador Pedro Taques (PSDB), encerra sua relação com os servidores públicos com 'chave de lata'. Isso porque não pagou todo o funcionalismo ontem, 10, data limite constitucional para quitação da folha.
Com o estado 'quebrado', o tucano finaliza o último mês de mandato com dificuldades no fluxo de caixa, o que o fez escalonar o pagamento dos servidores públicos estaduais em quatro vezes.
Uma parte dos servidores, conseguiram ter seus vencimentos creditados na conta ontem, 10, e a promessa é que nesta quarta-feira, 12, os que ganham entre R$ 6 e 8 mil também recebem. Já os que tem remuneração superior a R$ 8 mil deverão receber os seus salários só no próximo dia 21, segundo informações oficiais do estado.
Sobre o pagamento dos 13° salários residuais dos ativos e comissionados e dos aniversariantes de novembro, o Executivo garante que serão pagos no dia 20.
Em reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho, os sindicalistas cobraram o pagamento integral da folha, mas o secretário disse que não era possível em decorrência do fluxo de caixa do Estado.
Diante disso, foi convocada uma reunião do Fórum para esta terça-feira (11) para tratar sobre o assunto. Os sindicalistas classificam a situação como “lastimável”.
Durante a reunião na Casa Civil, o Fórum ainda cobrou do Executivo uma posição quanto ao pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 2018. Uma reunião para tratar do assunto foi agendada para esta quinta-feira, 13.
Histórico
Desde 2015, seu primeiro ano de gestão, o governo Pedro Taques descumpre os compromissos com o funcionalismo público, naquele ano começou a crise do RGA, quando houve uma ruptura dessa que foi sua principal base eleitoral, o governador tensionou o diálogo, impondo suas regras e limitando-se a avisar suas decisões sem diálogo algum.
No ano seguinte o governo passou a descumprir um legado histórico, de pagar o salário dentro do mês trabalhado, passando a ter como data base o dia 10 de cada mês. No final de 2017 o governo começou atrasar salários, sempre dando a desculpa de problema com banco ou fluxo financeiro, e o servidor passava a não ter certeza se teria seu salário pago no dia 10, sendo que, por vezes, houve escalonamento, tendo quem recebesse já na véspera de quando vencia o próximo salário.