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“Não se descarta uma paralisação, mas primeiro iremos dialogar”, afirma Laurini, sobre decisão do Ministro

Fabíola Tormes / Redação DS 09/12/2018 Geral

A decisão causou uma reação em todo o país, com caminhoneiros se manifestando para uma possível paralisação

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux decidiu suspender a aplicação de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo descumprimento dos preços mínimos para serviços de frete rodoviário. As punições ficam suspensas até que o STF decida sobre a constitucionalidade do tabelamento, que os caminhoneiros preferem chamar de "piso mínimo". A medida, tomada na noite da última quinta-feira, 6, atendeu a pedido formulado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolada no dia 13 de novembro.
 

A decisão causou uma reação em todo o país, com caminhoneiros se manifestando em redes sociais para uma possível paralisação.
 

Em Tangará da Serra, de acordo com o presidente da Associação dos Caminhoneiros, Edgar Laurini, o assunto está sendo discutido, porém sem possibilidade de paralisação nos próximos dias. “O pessoal está revoltado com a notícia do nosso ministro, mas aqui em Tangará, até o momento, não existe a possibilidade de bloqueio”.
 

Segundo o presidente, os caminhoneiros de todo o país ainda estão se organizando e, provavelmente, realizarão um grande ato de protesto em janeiro, quando marca o início da colheita da soja. “Estamos aguardando o pessoal (…) não se descarta uma paralisação, mas primeiro iremos dialogar”.
 

ENTENDA - A legislação prevê que os preços serão fixados após uma discussão entre os caminhoneiros, o governo e os usuários dos serviços de transporte. Mas os preços aplicados pela ANTT não foram determinados dessa forma. São ainda de uma tabela feita às pressas em maio passado para acabar com a greve. Pela falta de base legal para as multas, a entidade pediu a suspensão das punições.

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