A tenente dos Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, denunciada pelo crime de tortura, que resultou em morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, em novembro de 2016, recebeu sua 13ª licença médica desde a morte. As consecutivas licenças da tenente suspenderam o andamento do procedimento adminstrativo instaurado pelo Corpo de Bombeiros. Nesta semana completa-se dois anos da morte do aluno soldado e o processo sobre o caso ainda tramita na esfera jurídica.
Foi publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do último dia 7 de novembro o deferimento da licença para tratamento de saúde da tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps.
Esta já é a 13ª vez que a tenente recebe licença médica, desde a época em que ainda eram feitas as investigações, antes do início do julgamento. As licenças médicas da tenente indicavam um quadro de depressão profunda, o que acabou interrompendo as investigações em alguns momentos.
A primeira licença foi concedida a ela no dia 20 de março de 2017. Caso Ledur complete mais de dois anos sem trabalhar, será iniciado o processo de reforma por invalidez (aposentadoria).
O caso- Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.
Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares serão realizados, de acordo com a perícia criminal.
