Dois anos após a morte do filho, 21 anos, eles convivem com a dor
Os pais do aluno bombeiro Rodrigo Claro, Jane e Antônio, ainda não conseguiram sepultá-lo de fato. Dois anos após a morte do filho, 21 anos, convivem com a dor e também a esperança de que a tragédia não tenha sido em vão. Servirá, segundo eles, para responsabilizar a tenente Isadora Ledur. Indiciada e denunciada, é ré por tortura em treinamento militar. Servirá também para mudar parâmetros na corporação Corpo de Bombeiros.
“Até agora nem uma coisa nem outra, já fiquei sabendo de outros excessos, é a cultura militar”, lamenta Jane.
Antônio revela que, na hora do enterro do filho, fez uma promessa, mentalmente, a ele. “Você não pode fazer nada, mas eu posso e vou cobrar justiçam até o fim”.
Com a aproximação da data fúnebre, Jane e Antônio foram à lagoa Trevisan, em Cuiabá, onde afirmam que o filho foi covardemente submetido a humilhações e agressões físicas por parte de Ledur.
Os pais de Rodrigo afirmam que se ela se livrar de punição será vergonhoso, mas acreditam que seja improvável, pelos autos processuais.
Garantem que não desejam o mal dela, apenas que seja punida. “Não é vingança, nem perseguição, é justiça”, reforça Antônio. “A luta maior é por outros jovens, para que não passem pelo que meu filho passou. Se o erro fosse meu, não fugiria, pagaria na dosagem merecida”.