A defesa pontua que não pretende livrar Ledur do julgamento
A Tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur tenta anular as investigações que a apontam como responsável pela morte do aluno Rodrigo Claro, que morreu em novembro de 2016 após treinamento no curso de bombeiro, em Cuiabá. A defesa de Ledur protocolou um pedido a Murilo Mesquita, da 11ª Vara Especializada da Justiça Militar, no qual aponta que o inquérito policial feito pela Polícia Judiciária Civil estaria cheio de irregularidades.
Enquanto o magistrado não decide se acolhe ou não o pleito, a defesa sugere que Mesquita suspenda a ação penal. O argumento é que como o crime apurado é natureza militar, cabe a um órgão militar investigar, tendo em vista que a atuação da PJC estaria restrita à apuração de infrações penais.
Neste sentido, a defesa de Ledur acusa a delegada Juliana Palhares, responsável por instaurar o inquérito criminal, de agir visando “atender ao clamor da sociedade e familiares”, não respeitando as formalidades legais. A defesa pontua que não pretende livrar Ledur do julgamento, mas apenas garantir um que seja justo sob a ótica de quem tem competência para avaliar o caso. Por conta disso, aponta que a denúncia também contém vícios por estar embasada em elementos de prova ilícita.