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A importância do pai na vida do filho

Nalva da Cruz Garcia, Odair Alves Vieira e Rute Candida de Oliveira  19/09/2018 Artigos

"O pai representa a segurança e a proteção que um filho precisa"

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Ainda vivemos numa cultura onde a importância do pai na vida de um filho, seja qual for o gênero, é menosprezada e diminuída, como se fosse menos essencial ou de menor valia. Esquecemos que já passou o tempo em que a mulher era obrigada a cuidar da família e do lar e para o homem era atribuído o sustento da família e tudo associado ao que estaria fora de casa, participando muito pouco da vida social dos filhos e consequentemente de todos os parentes.
Apesar da mulher ser biologicamente responsável por prover o primeiro alimento do filho, isto não deveria excluir a presença do pai nos momentos decisivos do filho. As leis trabalhistas não ajudam também pelo fato da sociedade ainda não estar convencida que o pai realmente precisa interagir mais na educação dos filhos.
Não se nasce pai, você se torna um pai, por isso é normal a insegurança dos primeiros dias, encontrar seu papel como pai na estreita relação mãe e bebê. É um fato que nas primeiras semanas a mãe e o bebê se relacionem de forma simbiótica, afinal o bebê vê na mãe a fonte de vida dele, ou seja, sua fonte de alimento e cuidado. O pai ainda provavelmente não encontrou seu lugar, mas ele existe creia nisso e é fundamental!
O pai representa a segurança e a proteção que um filho precisa. Segundo estudos a participação ativa do pai na criação do filho prepara-o para a vida social e individual além de promover segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional.
A presença de um pai na vida do filho traz para este o equilíbrio necessário para viver bem sua vida. Nós observamos quanto sofrimento existe para aqueles que perderam os pais quando ainda eram crianças, toda a carência afetiva e emocional gerada, até de forma inconsciente, na vida deles. O pai representa para o filho segurança e proteção, e isso acaba perdurando durante toda a vida.
Se o pai não ocupar este lugar o quanto antes, os filhos podem colocar outras pessoas em seu lugar, sendo grande o perigo de não selecionarem um bom modelo para esta identificação.
A complementaridade do pai e da mãe, a capacidade de definirem em conjunto a educação dos filhos, possibilitará um modelo de crescimento saudável, com uma base estrutural para que cada filho seja um adulto maduro e cada vez mais feliz. Se por algum motivo o pai biológico não puder estar presente, é importante que outra figura masculina ocupe este lugar (avô, tio ou outro adulto).
Nesse contexto, podemos nos questionar: “Será que temos dado a devida importância para a presença do nosso pai em nossa vida?”.
Vemos jovens que se acham auto-suficientes e, por isso, deixaram de ter tempo para uma conversa com os pais, de procurar ouvir os seus conselhos, de querer fazer alguma coisa juntos. Mas eu tenho visto que esse fato acontece quase sempre, porque muitos filhos perderam um olhar mais profundo para seus pais. Às vezes, vemos uma pessoa a partir do seu exterior, que pode estar recheado de erros, de imperfeições, pecados e vícios. Mas um pai é muito mais que tudo isso, e precisa ser visto como pai. Ele até pode errar, mas não deixa de ser pai.


Nalva da Cruz Garcia
(Professora dos Anos Iniciais da Rede Municipal de Ensino)
Odair Alves Vieira
(Professor dos Anos Iniciais da Rede Municipal de Ensino)
Rute Candida de Oliveira 
(Professora dos Anos Iniciais da Rede Municipal de Ensino)

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