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Depressão: vitimismo ou o mal do século XXI?

Wiliam M. Pedroso 17/09/2018 Artigos

"A causa disso está no fato de não haver um diagnóstico preciso no início"

Wiliam M. Pedroso

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), por mais que o Brasil seja considerado um país muito alegre e festivo, é o que tem mais casos de depressão na América Latina. Nesse contexto, faz-se necessário o entendimento das causas desse problema com o intuito de prevenir a doença, considerada o “mal do século” pelos médicos em geral. 
É relevante abordar, primeiramente, que a principal causa da depressão, especialmente, nos jovens, encontra-se  no culto à beleza do corpo, instaurado na sociedade pós-industrial do Século XXI, em que os jovens buscam o corpo perfeito e, quando descobrem que isso é uma Utopia, já prejudicaram a saúde física e mental, visto que não há meios legais e saudáveis para atingir essa meta surreal. Em decorrência disso, podem entrar em depressão, justamente por não terem alcançado o corpo vinculado na mídia como ideal. Em casos extremos, essa depressão pode agravar-se e a pessoa pode chegar a cometer suicídio.  Augusto Cury, escritor brasileiro e doutor em psicanálise, exemplifica muito bem o quão grave é a depressão: “
A depressão é o último estágio da dor humana.”
Não se pode esquecer de que 15 a cada 100 pessoas com a doença cometem suicídio, segundo a OMS. A causa disso está no fato de não haver um diagnóstico preciso no início do desenvolvimento da doença, isso ocorre porque seus sintomas são confundidos com as mudanças hormonais dos adolescentes. Além disso, quando os jovens apresentam choro e tristeza constantes, os pais ou responsáveis ignoram os sintomas e consideram como “frescura” ou “bobagem”, gerando mais insegurança no adolescente. Consequentemente, agravam-se os sinais dessa doença de maneira silenciosa. 
Fica claro, dessa forma, que a depressão causa sérios problemas ao indivíduo. Contudo, se for tratada desde o começo, tem solução. Cabe ao Ministério da Saúde, em conjunto com a mídia, a divulgação desse grande mal, do qual os jovens estão vivenciando, através de canais televisivos e pela internet. Dessa maneira, ocorrerá a conscientização dos pais e responsáveis e, nesse viés, darão mais atenção às atitudes de seus filhos. Só, assim, o combate à depressão entre os jovens brasileiros será, de fato, eficiente. Logo, o estereótipo brasileiro que é mostrado ao mundo será o de uma nação verdadeiramente feliz. 

 

Wiliam M. Pedroso – Alunos do 2°A do IPES – professora Geisa Cordeiro

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