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‘Joga no Google’

Sílvio Tamura 04/09/2018 Artigos

Repito: este texto não é uma exaltação ao Google, mas sim uma forma de refletir

Sílvio Tamura

Atire a primeira pedra quem nunca pesquisou algo no Google. Quem nunca ouviu alguém dizendo: ‘Joga no Google’. Ou: ‘Pergunta para o Tio Google’. Este artigo não é uma apologia ou propaganda do Google, mas sim uma reflexão de como a tecnologia, especialmente a internet, está presente entre nós. Querem ver? Joguem no Google o nome de uma empresa, instituição, cidade, escola, rua, avenida, praça, etc. Dificilmente sairão ilesos, sem encontrar dados sobre eles. O problema não é o objeto, e sim o modo como utilizam o objeto. Uma faca é boa ou ruim? Nenhuma das alternativas. A faca foi criada para ser usada na cozinha, num refeitório, para preparar alimentos. Entretanto, muitos a utilizam para assassinar. Infelizmente, quem nunca viu a notícia de alguém morto a facadas? Alberto Santos Dumont trabalhou anos e anos na invenção de um meio de transporte que iria revolucionar o mundo: o avião. Sonhava que as aeronaves iriam aproximar pessoas, encurtar distâncias, diminuir tempo, proporcionar conforto, beneficiar o turismo, favorecer a logística, gerar empregos, renda, incrementar o comércio internacional, facilitar a chegada a comunidades de difícil acesso, etc. No entanto, quando o avião ficou pronto, muitos começaram a utilizá-lo para as guerras, destruindo cidades, bombardeando centros urbanos, travando combates aéreos, entre outros horrores. Segundo vários biógrafos, quando Santos Dumont viu como as aeronaves estavam sendo utilizadas, entrou em profunda depressão. Começou a sentir-se culpado pela situação. Não acreditava que seu invento estava sendo usado para matar pessoas e não beneficiá-las; totalmente diferente de sua intenção inicial. Triste, abatido e inconformado, Santos Dumont suicidou-se num quarto de hotel, deixando uma carta descrevendo sua decepção. Com a tecnologia, o mesmo ocorre. A internet é boa ou ruim? Igualmente, nenhuma das alternativas. O problema é como os indivíduos a utilizam. Fato é que, manuseadas para o bem, as inovações digitais trazem bons resultados. No Google, por exemplo, há uma série de aplicativos, recursos e ferramentas que podem ser empregadas na educação. O Google Livros (https://books.google.com.br) dispõe de número exorbitante de exemplares digitais para estudantes de diferentes níveis, congregando autores, editoras e pesquisadores. Da mesma forma, muitos não sabem, mas existe o Google Acadêmico (https://scholar.google.com.br), excelente plataforma de artigos científicos, reunindo revistas e periódicos indexados a diversos programas de pós-graduação, universidades e grupos de estudos, de diferentes áreas do conhecimento. Outrossim, para aqueles que se dedicam aos estudos de idiomas, há o Google Tradutor (https://translate.google.com.br), que converte palavras de/para diferentes línguas. Um dos maiores desafios para os que estão aprendendo novos dialetos é a pronúncia. No Google Translate existe uma opção (microfone) que reproduz o áudio dos vocábulos, com a pronunciação correta. Ademais, o You Tube (https://www.youtube.com), também do Google, abriga inúmeros vídeos e tutorais, cada qual com seus nichos e conteúdos. Sabendo procurar, poderão ser encontrados diversos canais de boa qualidade, que abordam assuntos como: literatura, educação, aulas de reforço, línguas estrangeiras, documentários, entrevistas, etc. Hoje, muitos procedimentos são feitos exclusivamente por meio da Rede Mundial de Computadores; e ao mesmo tempo, existem os denominados ‘analfabetos digitais’, pessoas que não dominam o uso das novas tecnologias e acabam excluídas deste meio. Fundado em setembro de 1998, o Google completa este mês 20 anos de atividades, com inúmeros recursos de última geração. Repito: este texto não é uma exaltação ao Google, mas sim uma forma de refletir como os dispositivos tecnológicos podem ser utilizados para o bem; para a educação, por exemplo. E isso, depende de cada um de nós. 

 

Sílvio Tamura, graduado em Comunicação Institucional.

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