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Chegou para atuar no gol por uma temporada e já completa 30 anos em Tangará

Mano Reski / Redação DS 04/09/2018 Memória

Em 88 recebeu convite para jogar pelo Vasquinho de Tangará

Memória

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Rosalvo Gregório de Jesus, nasceu em 7 de outubro de 1964 em Rosário Oeste mas passou toda sua infância e juventude no bairro Duque de Caxias em Cuiabá. Filho de José Gregório de Jesus e Galdina Joana de Jesus, sonhava em ser atleta profissional de futebol, jogou na escolinha do Duque de Caxias, no Atlético Matogrossense, na base do Operário e no Tubarão de Rio Branco.


Em 1988 recebeu o convite para jogar pelo Vasco da Gama – vasquinho de Tangará da Serra, tendo sido indicado pelo amigo Valdelício Acácio e também pelo Merica e que já havia acertado com a equipe. Foi contratado à época pelo Senhor Airton Teixeira, presidente da equipe que disputaria a segunda divisão do Estado pela primeira vez.


Chegou para ser titular, mas acabou na reserva do time com a chegada do experiente goleiro Valdir Braga. A equipe foi vice campeã daquele estadual, perdendo a final para a equipe de Sinop, mas apesar disso, classificou-se para disputar a primeira divisão do ano seguinte.


Curiosamente, 1988 também foi o ano que me transferi para Tangará da Serra e tive a oportunidade de transmitir todos os jogos do vasquinho naquele ano pela Rádio Pioneira, onde liderei uma grande equipe de esportes e também acompanhei a carreira esportiva e do cidadão Rosalvo em solo tangaraense desde a sua chegada.


A maioria dos fatos envolvendo nosso homenageado foram bons, mas também tiveram alguns ruins, como o dia em que fraturou sua perna numa dividida com o centroavante Buiú da Itamarati em jogo realizado no Estádio Mané Garrincha e que eu estava transmitindo. Isso foi no ano de 1992. Ou então na oportunidade em que sua loja de colchões foi totalmente consumida pelo fogo em 30 de setembro de 1997, fato que cobri já pelo Diário da Serra em página extra, uma vez que a edição já estava fechada e impressa naquela madrugada.


Como afirma o título, Rosalvo chegou para jogar uma temporada no Vasquinho e depois retornar a Cuiabá ou então se transferir para outra equipe. Ao invés disso, resolveu por aqui permanecer e começou a trabalhar na Toca dos Colchões, empresa do Geraldo Cesar Preto, onde trabalhou de 1990 a 1995.


Como o Geraldo resolveu mudar de atividade, passou a loja para o Rosalvo e então passou a se chamar Rei dos Colchões, nome que permanece até os dias atuais. 


No futebol, Rosalvo defendeu praticamente todas equipes de Tangará da Serra, em competições regionais, estaduais ou mesmo locais, nunca se desligou da atividade, mesmo administrando a empresa.


Desde 2008 ele mantém uma escolinha para treinamento exclusivo de goleiros. Faz seu trabalho totalmente gratuito e nos dias atuais treina 18 crianças de 8 a 16 anos, onde oferece treinamento específico, inclusive com todos os fundamentos que a posição de goleiro exige, com treinamentos sempre aos domingos, terça e quintas pela manhã. 


Embora tenha algumas dificuldades com recursos como, material e espaço apropriado para treinamento, o que oferece aos alunos não fica nada a desejar para treinos oferecidos por grandes equipes do futebol profissional. 


Todo material para treino, como bola, cones e outros, compra com seus próprios recursos e de vez em quando ganha algumas bolas e chuteiras para alunos que não reúnem condições para comprar seu próprio material.


Extremamente exigente com seus alunos, Rosalvo já tem ex-alunos espalhados pelo futebol brasileiro, como São Caetano, Londrina, além de clubes de Mato Grosso e um na Argentina. Ele acha que se houvesse competições de alto nível na própria cidade ou se Tangará participasse mais de competições estaduais, a vitrine seria melhor e muitos outros atletas estariam em grandes clubes.


Rosalvo é mais um anônimo a prestar sua contribuição para  o desenvolvimento de Tangará da Serra, no meio esportivo e empresarial.
 



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