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Artista marcial de Cuiabá dá exemplo de busca pela igualdade feminina

Pau e Prosa Comunicação 29/08/2018 Esportes

Professora de Kung Fu e Tai Chi, em Cuiabá

Foto: Pedro Ivo

A história chinesa está repleta de mulheres que não se conformaram com sua condição e lutaram pelos mesmos direitos dos homens, como por exemplo Mok Kwai-Lan (1892-1982). Além de praticante de Kung Fu, a artista marcial comandou um grupo militar e fazia a “Dança do Leão”, que em determinada época era proibida para elas. É exemplo de uma busca por igualdade que permanece bastante atual e encontra espelho em pioneiras como Giovanna Lopes, 37 anos, a única mulher no ocidente discípula direta do grão-mestre Yee Chi Wai (Frank Yee).


Professora de Kung Fu e Tai Chi, em Cuiabá, Giovanna faz parte da árvore genealógica do estilo Hung Ga, como quarta geração (ou grau) do herói chinês Wong Fei Hung (1874-1927), com quem Mok Kwai-Lan foi casada. É algo que ela conquistou com muito orgulho, pois não basta o discípulo se candidatar. O mestre é que faz a escolha. “Ele viu todo o trabalho que eu tenho desenvolvido aqui. Frank Yee sempre fala que, além da técnica, há pré-requisitos como caráter, índole, o trabalho de divulgação do Hung Ga”, explica.


Giovanna conta que, em seu caso, seguiu os “protocolos” até os 27 anos, passando a se dedicar às artes marciais um pouco mais tarde que o habitual. “Era uma mulher independente, já havia saído da casa dos pais, me formado em Nutrição. Então chegou o determinado momento em que passei a priorizar o Kung Fu e hoje sou professora de arte marcial, é a minha profissão”, comemora. Giovanna também se dedica a outra atividade que antes era proibida para as mulheres, a “Dança do Leão”.
 



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