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Pais de Rodrigo Claro temem prescrição de ação

Olhar Direto 15/07/2018 Polícia

Nestes mais de 100 dias de espera, o processo perdeu seu ritmo

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No dia 04 de abril, quando a Sétima Vara Criminal enviou o processo contra a tenente do Izadora Ledur Dechamps, do Corpo de Bombeiros, para a 11ª Vara Militar, a família de Rodrigo Claro, morto em treinamento aos 21 anos, confessou seu temor: morosidade e prescrição de pena. Neste 13 de julho, o envio do processo completou 100 dias, sem nenhuma testemunha ouvida, nenhum réu interrogado, nenhuma audiência agendada.
Nestes mais de 100 dias de espera, o processo perdeu seu ritmo e o temor daquele 04 de abril aumenta à cada dia: que o caso se arraste, lentamente, à ponto de Rodrigo Claro sair da memória da população mato-grossense e os autos se encaminhem à prescrição. Exemplo prático não falta.
Paralelamente à ação criminal, o Conselho de Justificação do Corpo de Bombeiros Militar apura a conduta profissional da tenente. Conforme a Lei Estadual 3.993, cabe a este Conselho decidir se a militar possui capacidade de continuar na ativa ou se deve ser exonerada.
Conforme o Corpo de Bombeiros informou à reportagem, o Conselho atendeu reivindicação da defesa da tenente Ledur e invocou a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para avaliação do caso. Cabe à este órgão emitir um parecer à favor ou contra a continuidade do Conselho. Eles também poderão propor mudanças no procedimento na forma como ele está sendo conduzido.  
À reportagem, os Bombeiros admitem que não houve qualquer andamento recente no Conselho instalado para o caso. Esclarecerem que estão aguardando a devolução do parecer da PGE. Da mesma forma, informam que estão acompanhando a ação penal que hoje tramita na Vara Militar.

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